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UMBANDALOGIA – AS FIRMAS

A Umbanda, bem como todas as religiões de origem africana, é feita de minúsculas sutilezas, mas com significados e efeitos de grandezas muitas vezes imensuráveis. A estas sutilezas denominamos magia e a magia na Umbanda tem seus fundamentos.

Muitos são os tratados sobre a confecção e o uso de fios de contas (guias) que variam muito de templo para templo levando em consideração algumas variáveis como o modo dos trabalhos espirituais, as diretrizes da casa se ligada mais ou menos aos cultos de Nação, a origem dos zeladores, entre outras.

Se por um lado os fios de contas são tão discutidos em tratados, no caminho contrário estão as firmas, não menos importante na magia Umbandista.

As firmas não são apenas terminais decorativos dos fios de contas para encobrirem ou disfarçarem os nós ou amarrações, antes, devem ser de conhecimento profundo dos zeladores responsáveis pela confecção e dos médiuns pela manipulação.

O conjunto de contas que formam a guia são determinantes nos trabalhos espirituais como objetos mágicos no plano físico, mas, só tem completada sua finalidade pelo(s) elemento(s) que atua(m) como endereçador(es) vibratório(s): a(s) firma(s). Propositalmente os termos foram variados no plural por ocorrer da utilização de várias firmas num mesmo fio de contas intercambiando os elementos.

De cores, tamanhos e formatos variados, as firmas que etimologicamente remete-se a firmeza são literalmente invocadas pelo conjunto de contas durante a concentração de energias adquiridas nos trabalhos para direcionarem estas energias aos respectivos planos do astral.

As mesmas variáveis utilizadas na confecção dos fios de contas são atribuídas também as firmas com ressalvas específicas ao fechamento ou blindagem destas contra energias espúrias, que também são fundamentos ensinados na esteira.

Um fator muito importante a ressaltar é a cor da firma que pode à primeira vista destoar do fio de contas, outro fundamento ensinado na esteira, mas vale ressaltar duas regras fundamentais que devem ser muito observadas e aplicadas na confecção e utilização dos fios de contas com total atenção as firmas:

A primeira refere-se as cores que são frequências pelas quais entramos em contato com determinadas falanges, invocando-as, concentrando sua energia em objetos de manipulação de magia (sintonia).

A segunda é que os Orixás são escolhas pré-firmadas no plano espiritual, muito antes da construção física do terreiro e independe de nossos conhecimentos ou predileções pessoais.

Que este breve artigo suscite dúvidas e curiosidades no intuito de elaborar-se tratados sobre as firmas nos fios de contas, pois, nestas entrelinhas, uma verdade absoluta foi enfatizada: é a firma o fim último da guia!

Silnei Aparecido Farkas é teólogo formado pela Pontifícia Faculdade de Teologia NSA Assunção de São Paulo, médium e cursa regularmente a formação sacerdotal ministrada na FUCESP.

FUCESP – Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo 2015

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