A Pemba é um giz e foi elaborada para gravar sinais, firmezas, e marcações de uso próprio das guias ou falangeiros. Uma forma dos ORIXÁS terem pontos de firmezas. A Pemba não tem nenhuma finalidade de cunho espiritual, e sim o que é marcado através dela por quem o faz. A Pemba, é algo que serve para os Orixás, mostrar sua grafia e sinais e serve também para o exu marcar seus sinais . Ela é uma forma dos Falangeiros e Guias contarem suas histórias no ponto riscado e através dele pode ser fixado toda sequência dos trabalhos realizados. O ponto ou marcações da Pemba precisa ser feito com bastante seriedade, as pessoas que utilizam sem o mínimo de conhecimento pode trazer forças ou consequências muito ruins quando for riscado aleatoriamente. Na Africa era fabricada com pó extraído dos Montes Brancos Kabanda e com água que corre no rio Divino, era empregada e o é ainda hoje em muitos rituais, cerimônias, casamentos, em limpeza da aura, em energização do templo etc. A Pemba quando cruzada por um guia dos templos, terreiros, tendas, roças etc, se torna uma grande fonte de energia, portanto devemos ter muita cautela ao manuseá-la, não só usar , apesar de não ser uma fonte espiritual, ela se transforma em algo de muita energia, e só devemos usá-la após consagrá-la. Deixamos claro que os pontos riscados, são verdadeiros códigos registrados pelos Orixás e seus falangeiros. Deixamos aqui uma informação: o uso de pólvora, bebidas, pontos riscados só podem ser usados com ordens superiores, ou seja de seus falangeiros, mentores, guias etc ou o nome que você queira usar ou usa. Informo também que só devemos usar a Pemba preta por determinação Superior. Ao riscar um ponto temos que ter a convicção para tal, pois ele será o determinador de sua conduta espiritual. A Pemba só era feita pelo sacerdote mais velho das tribos africanas. Na época eram confeccionadas pelas moças virgens, devia-se estar em jejum, o tempo para sua confecção era por 3 dias e 3 noites, tais moças cantavam seus hinos e sem parar faziam preces.
LENDA SOBRE A PEMBA:
Pemba era filha do chefe Soba li-u-thab, era dono de uma região imensa e tinha muita autoridade em muitas tribos africanas. Ela estava destinada para ser sempre virgem e ser oferecida aos Orixás= mas um estrangeiro, apareceu na tribo e se enamorou de Pemba, e ela correspondeu ao amor totalmente. Seu pai Soba ao saber mandou degolar o estrangeiro e jogou seu corpo no rio U-sil para que os crocodilos o devorassem. Com isto Pemba chorou muito e passou a esfregar seu corpo e rosto com o pó extraído nos Montes Kabanda, e para que seu pai não soubesse, lavava-se no rio Divino U-sil , mas as pessoas da tribo viam que Pemba elevava-se no espaço, ficando no seu lugar uma grande quantidade de massa branca, que lembrava um tubo, correram para contar a seu pai Soba, este ficou muito bravo e violento, mas começaram a passar a lama no corpo dele e notavam que sua cólera se acalmava e não castigava ninguém.
Com estes acontecimentos ficou marcado como milagrosa a massa branca, deixada por Pemba, e através de muitas gerações , e chegando aos nossos dias, com isto ao passar a Pemba nas pessoas poderemos mentalizar que será curada ou sarada as feridas e desconforto espirituais
A Pemba é feita de caulim – pura branca, é simples confeccioná-la, basta misturamos caulim com pouco de goma arábica, diluir em água, deixar secar e antes de endurecer, fazer o formato de uma espécie de CONE, onde lembrará que Pemba se esvaiu-se em forma de um tubo, por isto que a Pemba tem este formato. A Pemba será consagrada pelo falangeiro, ou Orixá da casa, e será considerada poderosa e sagrada se for bem usada, e uma das maneiras será o ponto riscado para identificar o guia ou mentor ou falangeiro que usou.
Portanto a Pemba devido sua história, serve para nós umbandistas e candomblecistas, riscar tudo e todos elementos que precisarmos e usarmos. As cores das Pembas são apenas para designar a origem de cada Orixá, nada tem a ver com vibrações consagrações etc.
Lembramos que a Pemba não e consagrada por si mesma, pois se não for cruzada ou consagrada, será apenas um giz ou algo que risca. Para sua manipulação, ela deve ser passada ao guia ou falangeiro da casa para ele cruzar como o fazem com as guias que levam para cruzar. A forma de consagrar uma Pemba, é só ao guia que cabe fazer , e dele vem a inspiração, não tem outra forma. A Pemba e algo de muito sério que temos em nossas umbanda, tem muita energia, mas deixamos claro não é espiritual, isto cabe ao guia fazê-la ser algo de muita energia.
Temos que lembrar que temos a lei da Pemba na nossa Umbanda, ou seja , ela história da jovem Pemba você verá que devemos ser fiéis a nossa espiritualidade.
Temos os filhos de Pemba é usada para identificar os filhos da Umbanda [ pela história da jovem Pemba ] ou seja aqueles que cumprem seu papel na nossa religião Umbanda. Sendo fiel ao nosso princípio.
O nome Pemba é africano era o nome da filha de Soba, nome correto dela era [ M PEMBA ] – passou a ser usado somente Pemba. Portanto você que usa Pemba saiba porque o faz, porque manuseia, o porque de empregar as energias, e não só riscar ,tem que ter um fundamento e precisa respeitá-lo se você é filho de Pemba e todos nós o somos, precisa saber que esta mexendo com energias puras, e se tiver como confeccionar uma e após ser cruzada verá a diferença das compradas.
Passamos aqui algo para nossos amigos, não queremos mudar nada, apenas contamos uma história que esta em todo local, mas muitos não conhecem, e não perguntam, precisamos buscar o PORQUE, em tudo que fazemos na nossa Umbanda.
Alguns escritores e são vários que falam da PEMBA:
“ O arqueômetro ‘ autor Saint Ives D´Alveydre
“ Grafia dos Orixás ‘ autor Ivan Horácio Costa
FUCESP – OUTUBRO DE 2015
SACERDOTE PAI SALUN