Trabalho de Conclusão de Curso:
1- O que o Umbandista é, néscio ou cego?
De acordo com nosso aprendizado no decorrer deste curso, podemos afimar que o umbandista não é néscio e tampouco cego, o umbandista com fundamentos e embasamento teórico e prático, tem conhecimento, discernimento, atitude, competência e capacidade para desenvolver um respeitoso e admirável trabalho dentro de sua crença e filosofia, de maneira a não se enquadrar em nenhum dos dois adjetivos citados.
A conclusão em que conseguimos chegar é que a fé pode ser cega e o indivíduo consciente desta cegueira. Talvez uma das características de Néscio, a ignorância, se aplique no contexto. Uma pessoa com embasamento “ ignora” toda e qualquer crítica e duvidas sobre seus conhecimentos pois tem noção do terreno por onde caminha, ou seja, não se qualifica como um estúpido devido as visões alheias, mas “ ignora” as opiniões de terceiros, o que o torna um ignorante.
“ 1– A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita Potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.”
A fé pode cegar com seu brilho, ou tornar a visão possível diante da escuridão. A fé profere o fanatismo.
2 – Teísmo, Agnosticismo, Deísmo
O teísmo é uma filosófica ou teologicamente fundamentada compreensão da realidade que afirma que a fonte e fundamento permanente de todas as coisas está em Deus, que o sentido e o cumprimento de todas as coisas reside na sua relação com Deus e o que Deus quer. Assim o teísmo se distingue do Agnosticismo em afirmar que é possível saber de Deus, ou da realidade última. Finalmente destaca-se do Deísmo que nega a participação de Deus no mundo ser e da história do mundo.Históricamente, o teísmo , assim entendido, representa uma articulaçao fundamentada da compreensão de Deus, característica dos judeus, cristãos, e em certa medida as crenças islâmicas.
Agnosticismo é uma doutrina filosófica que declara o absoluto inacessível ao espirito humano ou que considera vã qualquer metafísica e qualquer ideologia religiosa, uma vez que alguns desses preceitos ou ideologias não podem ser comprovados empiricamente.
“Agnóstico” foi um termo cunhado por Thomas Huxley – carinhosamente conhecido como “Buldog de Darwin”, por suas defesas eloquentes em prol da Teoria da Evolução. Sua etimologia infere o “A”, prefixo grego que significa “não” e Gnosis, também do grego, que significa “conhecimento”. Assim, agnóstico seria aquele, que não possui conhecimento. Em princípio, o agnóstico é aquele cuja posição filosófica o deixa incapaz de julgar eventos, entidades etc. que estão além da capacidade cognitiva da humanidade. Isso significa dizer que algo de existência supranatural – como deuses, por exemplo – estariam num nível muito acima de nossa capacidade de entendimento, deixando o agnóstico em dificuldade de atribuir características ou, a posteriori, julgar o caráter de suas existências. Nós críticos, devemos entender a posição dos agnósticos e não confundir Deuses com Divindades para se ter um melhor entendimento. Divindade é a soma de todas as características divinas. Deuses possuem algumas ou todas essas características. O conceito de divindade, como todo conceito, é algo que não pode ser mensurável, dado que ele não existe no nosso mundo natural, a saber: o Universo. Deuses para serem deuses devem ser supranaturais, já que, por definição, eles não estão sujeitos às leis da Física e Química. Qualquer entidade que pertença originariamente ao nosso Universo terá que se submeter a todas as propriedades da Física e da Química, já que “entidades” assim seriam materiais. E, segundo as religiões, deuses não são materiais. Uma simples questão de encadeamento lógico.
Deísmo O deísmo é uma postura filosófico-religiosa que admite à existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina. É uma doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada.
O deísmo pretende enfrentar a questão da existência de Deus através da razão, em lugar dos elementos comuns das religiões teístas como a revelação direta, a fé ou a tradição. Os deístas em geral rejeitam a religião organizada e o(s) deus(es) – dito(s) – “revelado(s)”, argumentando que Deus é o criador do mundo mas que não intervém de forma alguma nos afazeres do mesmo, embora esta posição não seja estritamente parte da filosofia deísta. Para eles, Deus se revela através da ciência e as leis da natureza. O deísta não necessariamente nega que alguém possa receber uma revelação direta de Deus, mas essa revelação será válida ´´só´´ para uma pessoa. Se alguém lhe diz que Deus se revelou, para ele será uma revelação secundária e ninguém é obrigado a segui-la. Isto implica a possibilidade de estar aberto às diferentes religiões como manifestações diversas de uma mesma realidade divina, embora não crendo em nenhuma como “verdadeira” ou “totalmente verdadeira”.
Características Os deístas acreditam em Deus, mas frequentemente se encontram insatisfeitos com as religiões e apresentam geralmente estas afirmações que os diferenciam dos teístas praticantes. 1- Creio em Deus, mas não pratico nenhuma religião em particular. 2- Creio que a palavra de Deus é o Universo e a natureza, mas não os livros “sagrados” escritos por Homens. 3- Gosto de usar a razão para imaginar como será Deus e não apenas aceitar que me doutrinem. 4- Acredito que os ideais religiosos devem tentar reconciliar e não contradizer a ciência. 5- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de uma igreja. 6- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça. 7- Prefiro guiar minhas opções éticas pela consciência e reflexão racional a aceitar as opções ditadas pelos livros “sagrados” ou autoridades religiosas. 8- Sou um pensador individual, cujas crenças religiosas não se formaram por tradição ou autoridade de outros. 9- Creio que religião e Estado devem estar separados.
Teísmo
De acordo com a metafísica e a teologia, o termo teísmo designa uma doutrina que afirma a existência de um Deus teísta, isto é, um Deus único e transcendente, tal como o pode conceber a razão humana, aproximando-se assim do conceito de religião natural. Distingue-se do termo deísmo por, ao contrário deste, admitir que a natureza de Deus pode ser conhecida.
Teísmo (do grego Theós, “Deus”) é um conceito surgido, no século XVII (por R. Cudworth, 1678), que sustenta a crença em deus, opondo-se ao ateísmo.
Podemos dividir o Teísmo em:
Monoteísmo: crença em um só Deus. Politeísmo: crença em vários deuses. Henoteísmo: Sugere a veneração de um Deus Supremo, mas não nega a existência de outros.
Referências bibliográfica Cudworth, Ralph (1617-1688). The true intellectual system of the universe : the first part, wherein all the reason and philosophy of atheism is confuted and its impossibility demonstrated. London : Printed for R.Royston, 1678.
Teísmo cristão
O teísmo cristão é a crença na existência de um Deus único – monoteísmo – como causa primária e transcendental do universo e relativo ao cristianismo, sendo cristão o que recebeu o batismo e professa a religião cristã. O termo cristianismo pode ser entendido como o conjunto de religiões cristãs, ou seja, que se baseiam nos ensinamentos, na vivência e nas idéias de Jesus Cristo.
Teísmo agnóstico Um teísta agnóstico é alguém que assume não ter conhecimento da existência de Deus, mas acredita que Ele existe de fato.
Pessoas que crêem em divindades geralmente afirmam que “Deus existe” como um fato. Isso pressupõe que eles possuem conhecimento acerca desse mesmo fato, o que não seria possível segundo o agnosticismo. Assim, o teísta agnóstico não afirma isso: ele diz que não sabe se Deus existe ou não, mas que acredita em Deus.
Teísmo aberto (ESTE É IMPORTANTE)
Teísmo Aberto é a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus.
Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de idéia conforme as circunstâncias.
Afirmam também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos.
O Teísmo Aberto tem origem na Teologia do Processo. Surgido na década de 30, a Teologia do Processo, tendo como principais representantes Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Cobb, é uma tendência filosófico-teológica chamada panenteísmo, que consiste na aproximação do pensamento teísta e panteísta; herdando as características de tais inovações mais filosóficas que teológicas, surgindo a seguir o Teísmo Aberto.
O termo Teísmo Aberto teria sido cunhado pelo adventista Richard Rice em 1979, quando publicou pela Review and Herald Publishing, o livro “A Abertura de Deus: a Relação entre a Presciência Divina e o Livre-arbítrio” (The Openness of God: The Relationship of Divine Foreknowledge and Human Free Will).
Os principais defensores teólogos são John Sanders e Clark Pinnock.
Dentro da umbanda não temos como ser agnósticos. Acreditamos em forças, energias, intuições e muitas vezes até mesmo em imagens que não temos como provar se são reais ou não. Se efetivamente a incorporação é a manifestação de um espírito, como são realizadas as energizações ou passes de maneira a tornar estas energias concretas, visíveis, palpáveis? O Ideal seria fazer como nos filmes de ficção científica onde raios “ visíveis” e muitas vezes até concretos, saem do corpo das pessoas e direção as outras as quais queremos “ atingir” seja de maneira boa ou ruim, porém temos de confiar e acreditar no que fazemos, mas não temos como provar que tudo existe. Sabemos apenas a importância e a necessidade de se realizar de maneira correta e sensata este tipo de trabalho, pois assim como podemos ajudar na cura, também podemos conduzir a uma enfermidade principalmente mental se não soubermos explicar sobre a nossa caminhada entre os dois mundos. Pessoas podem começar a criar situações, achar que são a própria divindidade, a energia, e que elas mesmas podem falar pelas entidades, orixás ou “ catiços” que possam vir a ter contato, a famosa “mistificação”.
Falando de Deísmo, este aceita a existência de um Deus criador porém é totalmente ligado a consciência humana e a exatidão, sendo que acreditar nas obras de Deus somente seria possível se houvesse comprovação cientifica ou matemática de suas ações. Não aceita doutrinas, religiões, ações naturais, ou qualquer tipo de situação e informação que possa ser “manipulada” pelo homem.” Os famosos contra fatos não há argumentos”. Como não acreditar nas forças da natureza sendo umbandista? Como comprovar através de fatos o alívio sentido após um passe energético ou espiritual? São situações, reações e coisas intangíveis que fogem do consciente humano. Como discordar de uma filosofia de Kardec, ou das histórias que tecem nossa cultura? Umbanda também é uma herança ancestral, passada de geração em geração com tendência evolutiva e possibilidade de aprimorar sua filosofia a cada geração através do conhecimento e das vivencias de cada um que a pratica.
Referente ao Teísmo, este aceita a existência de um Deus, ou de mais deuses ou semideuses, divindades, e aceita ainda a relação Deus natureza. Pode se classificar como mono,poli ou henoteista. O primeiro trata-se de acreditar em um único Deus, o segundo acredita e aceita a existência de vários e o terceiro acredita que exista um Deus supremo, mas permite a existência de outros deuses. Cremos que seja onde o umbandista mais se enquadre, pois este atrela Deus as ações naturais, Deus a mais Deuses ou Deusas e divindades, ou seja, tudo o que cultuamos bem como orixás, filosofia, ancestralidade, crença, fé, é respeitado e aceito dentro da filosofia Teísta. Não se exige a necessidade de comprovação física, matemática, quântica ou química para os fenômenos sobrenaturais, porém respeita-se e aceita-se que eles existem.
Concluímos que dentro da umbanda, somos todos Teístas, mas especificamente Henoteístas.
Fontes de pesquisa
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