Vamos tratar aqui, simplesmente dos três assuntos acima, mas somente para elucidar algumas questões para nós sacerdotes da Umbanda. Não queremos modificar nada, só esclarecer.
O que é um EGUN:
Nós umbandistas temos sempre que falar algumas palavras vindas do Candomblé, que geralmente, os adeptos que saem nos trazem palavras ditas em seus trabalhos.
Sabemos que os EGUNS são espíritos que já foram vivos, passaram pela matéria e ao desencarnar viram eguns, ou seja, aquele que ainda precisa ser doutrinado, para que possam um dia, se for enviado para um médium, e estar esclarecido sobre as duvidas humanas, mas mesmo assim, sem o estudo de cada médium o espírito não terá muito a informar, portanto não basta estar em um terreiro e já começar a querer doutrinar quem nos procura.
O que é um Quiumba:
São estes mesmos espíritos, que vem para a matéria como caboclos, crianças, preto velho e exu, mas já um pouco doutrinado, e esta denominação vem também do Candomblé, que são espíritos que vivos passaram pela terra, concordo com tudo que se ouve, sobre tudo acima, mas nós umbandistas, temos que sempre lembrar que temos cultos que são doutrinados do candomblé, e houve mudanças na linha espiritual, mesmo estes quiumbas que recebemos já vem com toda doutrina, para ajudar quem nos procuram, mas se o médium, como temos milhares, acham que são soberanos, e não querem evoluir-se, estes quiumbas continuarão fazendo os atendimentos com a mente errada do médium. E com isto vemos trabalhos estranhos em muitos terreiros, vindos de pessoas que não tem condição de trazer estas energias e fazem muitas coisas erradas com seus médiuns e frequentadores.
Precisamos cuidar de nossos médiuns para que não entrem neste transe, de receber energias que não estão ainda prontas para vir em matéria. Ora, então porque os recebem, por estar com sintonia aberta, com conexão sem estudo, ai vemos coisas que fazem o médium sofrer, ter visões, e ficar doente. E porque, como são atrasados na escala espiritual, por ainda estarem em estudo, muitas vezes passam por exus que ainda são espíritos que só fazem mal e não é bem assim. Temos que ver que tudo isto é vindo do Candomblé, raiz africana, e não tem muito a ver conosco umbandistas, trabalhamos com espíritos oriundos da África, mas com conceito já vindo do espiritismo e do catolicismo, ninguém na umbanda trabalha 100% com ritual africano. E aleatoriamente temos muitos terreiros que trabalham errados usando coisas que não servem para nós. Nós umbandistas não devemos usar contra-egun, já que os incorporamos para doutriná-los e eles atenderem os que nos procuram, e usando como vemos como incorporam? Se este uso é para eles não nos encostar, dai vemos as mazelas misturadas sem nexo.
Para esclarecimento, em NAGÔ Egun-gun quer dizer osso ou mais amplo significa alma da pessoa desencarnada.
O Animismo: vem do latim ANIMA que é uma crença que tudo que existe tem alma ou es, etc. Os animistas acreditam que cada Anima é um espirito. A palavra animismo foi usada pela 1ª vez por Alexander Aksov, em seu livro Animismo.
Mediunidade e Animismo, são fenômenos naturais do ser humano, precisamos diferenciar ao falar esta palavra querendo dizer que a pessoa esta mistificando. Temos duas ategorias.
MEDIUNISMO E ANIMISMO:
Os primeiros são intermediários por médiuns, ou seja, um médium é toda pessoa que sente algo em um grau qualquer. O Animismo é a pessoa que sente a alma do ser espiritual ou de quem a incorpora.
Alma vem do latim ANIMA.
Animismo não são religião e sim crenças baseadas em cultos aos espíritos, e esta presente em toda parte do mundo,
Com isto, pequena síntese, das três palavras, que nós sacerdotes temos que ter em mente quando nos perguntarem, e aprofundarmos muito mais, pois são assuntos complexos que precisamos estudá-los muito.
E como um sacerdote Umbandista, precisamos saber as diferenças de cada questão colocadas e verificarmos que muitas vezes usamos uma palavra que nada tem com a questão.
Não quero aqui mudar nada, nem estabelecer conceito exclusivo, somos assim e eles são de outra forma ou vice-versa, o que pretendemos, e que nós sacerdotes da umbanda tratarmos nossa religião como ela foi estabelecida, com princípios próprios. Que temos que mostrar que além da incorporação temos muito a oferecer aos nossos consulentes, sem exageros e sem copiarmos o que achamos mais bonito em outros. Temos que ter objetividade, e sentirmos a umbanda, e que recebemos nossos falangeiros, já evoluídos e tratados e com muita evolução espiritual.
FUCESP
Entidade Religiosa e de
Ensino em todo Estado de São Paulo